Setembro: Mês da Bíblia
Neste mês de setembro, nossa igreja volta seu olhar para um
dos grandes pilares da revelação. Pilar este que fundamenta e nos leva a uma
vivência mais profunda de nossa fé.
Nossa igreja possui três pilares que fundamenta a fé que
professa. Esses pilares são: Sagrada Tradição, Sagrado Magistério e Sagradas
Escrituras. Essas vias da Revelação estão intimamente ligadas entre si. Neste
mês a Igreja busca levar seus fieis a valorizarem e a ter uma maior intimidade
com as Sagradas Escrituras.
Para que possamos compreender um pouco melhor esse grande
tesouro que nos foi dado por Deus. Vamos iniciar hoje um estudo, não profundo
como deveria ser, mas que nos proporcionará bases para usufruirmos melhor desse
grande dom concedido a nós por bondade de Deus.
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Sagradas Escrituras:
“Palavra de Deus em Palavras humanas”.
Parte I
Sabe-se que uma das importantes dimensões que
circundam a existência do ser humano, é sem dúvida a dimensão religiosa. Sendo
assim, o homem tende a manifestar sua religiosidade. Um dos meios da
manifestação desta sua dimensão é a religião, que permite ao ser humano a vivencia
dessa sua característica. O termo religião em um sentido mais simples significa
religar, no caso o plano humano (Homem) ao Divino (Deus). Ao analisar a
religiosidade humana em suas diversas manifestações, pode-se perceber inúmeras
maneiras de expressão.
As denominações religiosas oferecem meios e
elementos, que são como “vias” que possibilitam a vivencia e a experiência da
fé. Ao analisar as diversas profissões de fé encontram-se variadas doutrinas,
dogmas, práticas, ritos, e se não em todas, a grande maioria possui elementos
essenciais que fundamentam e trazem ensinamentos de sua crença, elementos esses
que recebem o caráter de sagrado e são respeitados como tal.
Para nós cristãos um dos importantes pilares de
nossa fé, que nos revela o mistério, o elemento fundante de nossa fé, ou seja,
um dos alimentos que trazem ânimo e direcionamento à nossa vida espiritual é,
sem sombras de dúvidas, as “Sagradas Escrituras”, que popularmente chamamos de
Bíblia. Ela traz em si a própria Palavra de Deus a nós revelada. Sendo assim, é
de importante necessidade a boa formação bíblica de todos os cristãos.
Quando se pensa em formação bíblica, ou até mesmo
quando são oferecidas formações, escolas bíblicas ou outros meios para formar e
conceder conhecimento bíblico aos fiéis leigos, o conteúdo na maioria dos casos
é extremamente superficial. Geralmente os formadores que não possuem um desejo
de aprofundamento na temática, buscam os conteúdos em poucas fontes, se
limitando a livros pouco teológicos, ou até mesmo se contentam em apresentar os
que trazem algumas introduções das próprias editoras que traduzem os textos
Sagrados. Dessa maneira a consequência é que os conteúdos se reduzem em
apresentar o significado do termo “Bíblia”, a quantidade de livros, com suas
características, os supostos autores e datas. Enfim, oferecem um conhecimento
superficial. Não se pode deixar de afirmar a importância desses conteúdos, mas
os formadores pecam em acreditar que apenas isso já oferece uma formação
adequada aos fiéis, capaz de conceder-lhes uma fé madura e bem esclarecida,
necessária à verdadeira experiência de Deus. Para uma fé esclarecida e madura é
preciso além de muitas outras coisas um estudo mais aprofundado, um estudo com
bases teológicas, sem deixar à margem as duas maneiras de se abordar as
Escrituras Sagradas, a abordagem teórica (estudo sistemático) e a vivencia
espiritual oferecida por métodos e formas de espiritualidade como, por exemplo,
a Lectio Divina.
Nesta série, pretendo apresentar as duas
metodologias de conhecimento bíblico, a de aprofundamento científico, um
conhecimento sistemático e em seguida a de caráter espiritual, que por sua vez
remete a uma vivencia da Palavra, incorporando-a na vida. Comecemos então por
uma questão fundamental a essa discussão: “O que é a Bíblia”?
Este artigo será publicado diariamente.
O mesmo pode ser encontrado no blog da Pastoral Vocacional.
Sem. Diego Novaes
Teologia - 1º ano
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