domingo, 30 de setembro de 2012

Comentário - Evangelho do Dia





26º Domingo do Tempo Comum - Parábola do rico e de Lázaro: 16,19-31

19- Havia um homem rico que vestia roupas esplêndidas e finas e todos os dias se banqueteava com requinte. 20- E havia um pobre, de nome Lázaro, que jazia, coberto de úlceras, no limiar de sua porta, 21- desejando saciar-se do que era rejeitado da mesa do rico; mas ate os cães vinham lamber-lhe as chagas. 22 Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão; também o rico morreu e foi sepultado.
23- E da morada dos mortos, no meio dos tormentos, este, levantando os olhos, viu ao longe Abraão e, perto dele, Lázaro. 24- E gritou para ele: Pai Abraão, tem piedade de mim, e manda que Lázaro molhe na água a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois sou atormentado por estas chamas. 25- Mas Abraão respondeu: Filho lembra-te de que recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males; agora, porém, ele encontra consolo e tu és atormentado. 26- E, além do mais, entre nós e vós existe um grande abismo, de modo que, mesmo querendo, não é possível passar daqui para junto de vós; nem tampouco pode alguém atravessar dc lá até nós. 27- Ele replicou: Então, Pai, eu te suplico, envia Lázaro até a casa de meu pai, 28- pois tenho cinco irmãos; que ele os avise, para que não venham eles também para este lugar de tormento. 29- Respondeu-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. 30- E ele insistiu: Não, pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for procurá-los, eles se converterão. 31- Respondeu-lhe Abraão: Se não escutam nem a Moisés, nem aos  profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se deixarão converter.



Comentário – Lucas 16, 19 a 31

O evangelho de Lucas é o único a narrar este relato que ilustra o perigo da riqueza e propõe um apelo à conversão. Nesta passagem podemos destacar duas partes. Na primeira percebemos o contraste entre o rico e o pobre, antes e depois da morte, com a inversão total da situação (16,19-26). Enquanto que na segunda parte ocorre o diálogo entre o rico atormentado na morada dos mortos e o pai Abraão, para concluir com o convite à conversão antes que seja tarde (16,27-31).

O evangelho de hoje nos alerta do risco fatal da riqueza, que fecha o homem aos outros e, sobretudo, à urgência da conversão que leva à fé. O evangelho não privilegia, nem condena uma condição econômica ou outra, a pobreza ou a riqueza, mas certamente dá a entender que a conversão e a fé não podem amadurecer sem fazermos uma autêntica experiência com a Palavra de Deus. 
  
Portanto, que a partir dessa leitura lucana, possamos abrir o coração à ação do Espírito Santo em nós.  Para que, libertos da escravidão da riqueza possamos, cada vez mais, vivermos uma vida simples e humilde. Que nosso coração cresça na caridade e na pobreza evangélica. Pobreza que não significa, necessariamente, ausência de dinheiro, mas um coração livre para amar a Deus e o próximo.

Por: Sem. Anderson Souza
2º Ano de Teologia

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