Reflexões sobre o
Pentateuco III
Os livros do Pentateuco são para os cristãos um
patrimônio inestimável para a fundamentação da fé. Felizes os que tiveram a
oportunidade de meditar todas as suas páginas. Nele temos de modo implícito,
porém muito significativo, a esperança da redenção do mundo em Jesus Cristo
pelas promessas do que chamamos de protoevangelho (Gn 3, 14-15), pela benção de
Jacó e as suas promessas a Judá (Gn 49, 8-10) e pela visão de Balaão (Nm 24,
15-17).
Podemos encontrar em seus textos narrações de analogias
preciosas às realidades da Nova Aliança, como os episódios da Arca de Noé, da
Torre de Babel, do sacrifício de Isaac, da Sarça ardente, da instituição da
Páscoa, da travessia do Mar Vermelho, das águas de Meriba,
do Maná, da serpente de bronze, que fazem alusão ao sacrifício redentor de
Cristo, Sua ressureição, à vinda do Espírito Santo, à Instituição da
Eucaristia. E mais: é das páginas do Pentateuco que Jesus retira as palavras
que ele utilizou para vencer a tentação no deserto. (Dt 6, 13.16; 8, 3).
A Bíblia, tendo o Pentateuco como
que uma “introdução” a todo o seu conteúdo, mostra aos que tem com ela um
primeiro contato, através dos seus cinco primeiros livros, que toda a riqueza
doutrinal, histórica e teológica que vão contemplar as suas páginas percorre
uma longa jornada histórica com diferentes visões de mundo a partir das
experiências de um povo, o povo de Israel, povo de Deus.
João Lucas de
Castro Brás
1º Ano de Filosofia
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