Reflexões sobre o
Pentateuco I
(Artigo dividido em três etapas)
O conjunto de livros chamado Pentateuco compreende
os cinco (Penta = cinco) primeiros
grandes livros do Canon das Escrituras Sagradas. São estes livros: o Gênesis, o
Êxodo, o Levítico, o Livro dos Números e o Deuteronômio. Estes livros
apresentam uma ligação conjunta entre si, por conterem narrativas que remontam à
origem da vida da Humanidade e a história do povo de Deus. Apesar de cada um
possuir uma particularidade e priorizarem determinados assuntos e
acontecimentos, os cinco livros do Pentateuco tem como pano de fundo a grande
história do povo Eleito, que crê nas promessas divinas, e segue uma caminhada
para se firmar verdadeiramente como uma
nação pura aos olhos do seu Senhor e livre de toda a infidelidade (cf.
Ez 36, 24-25)
O drama da busca da terra prometida,
terra onde correm “leite e mel” (Ex 3, 8a) perpassa por todos os livros, desde
a promessa a Abrão até a morte de Moisés. Os relatos apontam que após a
corrupção de toda a humanidade, a partir do pecado original, seguida da
purificação do dilúvio (cf. Gn 4 – 11), Deus deseja estabelecer uma Aliança com
os homens elegendo Abraão para se tornar pai de um numeroso povo, o Povo que
Lhe pertence destinado a uma vida em paz na Sua presença.
De fato, Deus sempre se revelou aos homens e o
pecado original de modo algum interrompeu a Revelação divina, mas como diz a Constituição
Dei Verbum: “Após a queda de nossos primeiros pais, com a prometida redenção,
alentou-os a esperar uma salvação e velou permanentemente sobre o gênero
humano...” (DV 3). De fato, desde a origem Deus se dá a conhecer, e ao
longo da história procura estabelecer sua Aliança com os homens e lhes revelar
seu desígnio salvífico.
João Lucas de Castro Brás
1º Ano de Filosofia
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