Posicionamento da Conferência Episcopal
Venezuelana (CEV)
Sobre o panorâmico político e social país
Por: Sem. Gustavo Uchoa
A Igreja Católica, na pessoa de Dom Diego Padrón,
Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, se pronunciou a respeito das
irregularidades de alterações na Constituição do país em vista de questões
políticas. Em tempos difíceis para o país que vive a incerteza do estado de
saúde de seu presidente reeleito Hugo Chávez, é necessária a atenção do
Episcopado venezuelano para que sejam assegurados os valores morais, e reafirme-se
às autoridades a necessidade de se respeitar a Constituição que não deve ser
manipulada.
Na última segunda-feira (07/01), Dom Padrón Sánchez
durante a inauguração da 99º Assembleia Ordinária da CEV, dirigiu as seguintes
palavras aos presentes:
"O panorama político e social, pela
mesma incerteza derivada da enfermidade presidencial, permanece escuro.
Escutam-se diversas interpretações sobre a norma constitucional que regula a
toma de posse do Presidente para um novo período de governo” [...] "Não
faria nenhum sentido as eleições do dia 7 de outubro, se não tivesse estado em
função de um período diferente de governo, similar ao novo período do atual
Presidente da Assembleia Nacional".
Cuidando para que se afirmem os valores da
Constituição Nacional Dom Padrón cuida também de cada cidadão, cada pessoa desta
nação, que não pode sujeitar-se às decisões políticas que vão contra o bem
comum, caso contrário atinge-se a própria ética que rege princípios básicos de
uma sociedade pautada pela democracia. Dom Padrón indicou que os bispos rejeitem
"toda possível tentativa de
manipulação da Constituição em favor de interesses de uma parcialidade política
e em detrimento da democracia e da unidade do país". Além disso, os bispos
reconhecem o mal-estar que vem sendo vivenciado entre o povo venezuelano, uma
vez que as incertezas são muitas e as informações pouco claras.
Em meio a tantas
controvérsias o presidente da Conferência Episcopal Venezuelana salientou os
sentimentos de solidariedade para com Hugo Chávez, apontando inclusive a postura
exemplar de seus adversários políticos que tem feito manifestações solidárias ao
mesmo, mostrando assim, sua postura cristã, frente ao desejo de recuperação de
Chávez. Na assembleia Dom Padrón também falou sobre os problemas ainda
persistentes no país como a violência, questões econômicas, entre outras a
serem resolvidas.
Por fim, o Arcebispo convida os venezuelanos voltarem
seus corações para Deus, fomentando o diálogo para superação de interesses
particulares, a fim de que se possa obter a unidade do país, observando-se os
sinais dos tempos (cf. Lc 12,54-56). "contamos
com a indefectível ajuda de Deus", concluiu.
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