domingo, 30 de dezembro de 2012

Domingo da Sagrada Família: Jesus, Maria, José





Evangelho do Dia

41 Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42 Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43 Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44 Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45 Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46 Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47 Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48 Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse:
— “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”.
49 Jesus respondeu:
— “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?”
50 Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera.
51 Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas. 52 E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens.

*****

ORAÇÃO DA SAGRADA FAMÍLIA

Senhor Jesus Cristo,
Vós restauraste a família humana, restabelecendo a primitiva unidade,
vivendo com Maria, Vossa Mãe, e São José, o pai adotivo, durante 30 anos em Nazaré.
Afastai das famílias do mundo os males que as ameaçam.
Ajudai-nos a promover em nossas famílias,
e em todos os lares de nossa pátria,
os sentimentos e os propósitos de união indissolúvel, amor generoso,
fidelidade permanente e perseverança constante na Vossa graça.
Assim seja.



sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

SANTOS INOCENTES


     
     A festa cristã que celebramos neste dia foi confirmada pelo Papa São Pio V no século XVI, porém remonta a um culto anterior ao século IV, esta festa ajuda-nos a bem viver  este tempo da Oitava do Natal uma vez que leva-nos a refletir sobre o evento bíblico do "Massacre dos Inocentes", conforme o relato do Evangelho de Mateus. O evangelista reflete sobre um fato posterior ao nascimento de Jesus, e a chegada e partida dos reis magos.

"encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes - ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: 'Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar'. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: 'Do Egito chamarei o meu filho'. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: 'Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'" (Mt 2,11-20).

     "Esses pequeninos inocentes de tenra idade, de alma pura, escreveram a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e mereceram a glória eterna, segundo a promessa de Jesus."Tal fato leva-nos a reflexão dos inúmeros inocentes que padecem em nossos tempos, de modo particular, podemos refletir sobre aqueles inocentes vítimas do aborto. Cabe, portanto, a nós cristãos o compromisso de lutar por um mundo mais justo, a fim de que nossa sociedade não seja omissa, ainda nestes tempos, ao massacre que continua a ocorrer muitas vezes de modo silencioso.

     Peçamos, pois, a intercessão destes Santos Inocentes para que cada vez mais haja um mundo onde as crianças possam alcançar condições dignas de viver, e que o dom da vida seja sempre preservado! Santos Inocentes, rogai por nós!

Por: Sem. Gustavo Uchoa

Fontes:
1 - http://www.franciscanos.org.br/?p=29727
http://www.acidigital.com/santos/santo.php?n=369
http://www.paginaoriente.com/santos/piov3004papa.htm


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

OITAVA DO NATAL - Conheça...


Entre os dias 25 de dezembro e 1º de janeiro a Igreja celebra a Oitava do Natal, ou seja, nesses oito dias vive-se a exultação da grande Festa do Nascimento de Jesus como um dia só.


Oitava tem dois sentidos no uso litúrgico cristão. No primeiro, é o oitavo dia após uma festa, inclusivamente, de forma que o dia sempre caia no mesmo dia da semana que a festa original. A palavra é derivada do latim octava (oitavo), com "dies" subentendido. O termo é também aplicado para todo o período de oito dias, durante o qual as ditas festas passam a ser observadas também.

O Natal não é apenas a celebração do aniversário de Jesus, é memória da nossa redenção. São Leão Magno um pai do século V, afirma que, com o nascimento de Jesus, “brilhou para nós o dia da nossa redenção”. Em Jesus Deus se aproximou do mundo, desposou a nossa humanidade, por isso, o mesmo Leão Magno refere-se às festas do natal como ao dia das nossas núpcias, em que se realizou o admirável intercâmbio entre o céu e a terra. Destacam-se o dia do natal com sua oitava, a epifania e o batismo do Senhor. No dia do natal, celebramos a humilde presença de Deus na terra, adoramos o Verbo que se fez carne e habitou entre nós. É a festa da Divina solidariedade. Na epifania, conhecida como festa dos reis magos, celebramos a sua manifestação a todos os povos do mundo. O Batismo de Jesus no Jordão é a sua manifestação, no início da sua missão. Ele, o Servo da simpatia do Pai, destinado a ser luz das nações. É importante resgatar a dimensão pascal do natal. O presépio, as encenações, os gestos e os cânticos do Natal e da epifania devem nos ajudar a celebrar a “passagem” solidária de Deus na pobreza da gruta, na manifestação Jesus aos povos, em Belém, e na manifestação a seu povo, no Jordão. Os ofícios de vigília, com o simbolismo da luz, retomam, de modo especial, o clarão da vigília pascal: lembram o nascimento e a manifestação do Senhor Jesus qual luz a iluminar os que andavam nas trevas. O Rito das aspersão, especialmente na festa do batismo, expressa o nosso mergulho na divindade do Cristo, do mesmo modo como ele mergulhou em nossa humanidade. 

A prática da celebração das oitavas pode ter tido suas origens na celebração de oito dias da Festa dos Tabernáculos e da Dedicação do Templo do Antigo Testamento. Porém, o número "oito" também pode ser uma referência à ressurreição, que na igreja antiga era geralmente chamada de "oitavo dia".

Por esta razão, antigas fontes batismais e tumbas cristãs tinham a forma de octógonos. A prática das oitavas foi introduzida pela primeira vez por Constantino I, por conta da festa de dedicação das basílicas de Jerusalém e Tiro, que duraram oito dias. Depois disso, festas litúrgicas anuais passaram a ser observadas na forma de oitavas. As primeiras foram a Páscoa, o Pentecostes e, no oriente, a Epifania. Isto ocorreu no século IV d.C. e indicava a reserva de um período para os conversos terem um alegre retiro.

O desenvolvimento as oitavas ocorreu vagarosamente. Do século IV até o VII d.C., os cristãos observaram as oitavas com uma celebração no oitavo dia, com poucas liturgias durante os dias intermediários. O Natal foi a próxima festa a receber uma oitava. Já pelo século VIII d.C., Roma tinha desenvolvido oitavas não somente para Páscoa, Pentecostes e Natal, mas também para a Epifania e as festas de dedicação de igrejas individuais. Do século VII d.C. em diante, as festas dos santos também passaram a ter oitavas (uma festa no oitavo dia e não uma festa de oito dias), sendo as mais antigas as festas de São Pedro eSão Paulo, São Lourenço e Santa Inês. A partir do século XII d.C., o costume passou a ser a observância dos oito dias intermediários, além do oitavo. Durante a Idade Média, as oitavas para diversas outras festas e dias santos eram celebradas de acordo com a diocese ou a ordem religiosa.


FONTE: http://www.santuariopiedade.com.br/index.php/pagina-inicial/item/475-a-oitava-do-natal.html

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

MENSAGEM URBI ET ORBI



MENSAGEM URBI ET ORBI
DE SUA SANTIDADE
BENTO XVI
Santo Natal, 25 de Dezembro de 2012    


«Veritas de terra orta est! – A verdade germinou da terra» (Sal 85, 12).
Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, boas-festas de Natal para todos vós e vossas famílias!
Os meus votos de Natal, neste Ano da Fé, exprimo-os com as palavras seguintes, tiradas de um Salmo: «A verdade germinou da terra». Realmente, no texto do Salmo, a frase está no futuro: «A verdade germinará da terra»: é um anúncio, uma promessa, acompanhada por outras expressões que, juntas, ecoam assim: «O amor e a verdade vão encontrar-se. / Vão beijar-se a justiça e a paz. / A verdade germinará da terra / e a justiça descerá do céu. / O próprio Senhor nos dará os seus bens / e a nossa terra produzirá os seus frutos. / A justiça caminhará diante dele / e a paz, no rasto dos seus pés» (Sal 85, 11-14).
Hoje cumpriu-se esta palavra profética! Em Jesus, nascido da Virgem Maria em Belém, encontram-se realmente o amor e a verdade, beijaram-se a justiça e a paz; a verdade germinou da terra e a justiça desceu do céu. Com feliz concisão, explica Santo Agostinho: «Que é a verdade? O Filho de Deus. Que é a terra? A carne. Interroga-te donde nasceu Cristo, e vê por que a verdade germinou da terra; (...) a verdade nasceu da Virgem Maria» (En. in Ps. 84, 13). E, num sermão do Natal, afirma: «Assim, com esta festa que acontece cada ano, celebramos o dia em que se cumpriu a profecia: “A verdade germinou da terra e a justiça desceu do céu”. A Verdade, que está no seio do Pai, germinou da terra, para estar também no seio de uma mãe. A Verdade que segura o mundo inteiro germinou da terra, para ser segurado pelas mãos de uma mulher. (...) A Verdade, que o céu não consegue conter, germinou da terra, para se reclinar numa manjedoura. Para benefício de quem Se fez assim humilde um Deus tão sublime? Certamente sem nenhum benefício para Ele mesmo, mas com grande proveito para nós, se acreditarmos» (Sermones 185, 1).
«Se acreditarmos…». Que grande poder tem a fé! Deus fez tudo, fez o impossível: fez-Se carne. A sua amorosa omnipotência realizou algo que ultrapassa a compreensão humana: o Infinito tornou-se menino, entrou na humanidade. E, no entanto, este mesmo Deus não pode entrar no meu coração, se não abro eu a porta. Porta fidei! A porta da fé! Poderíamos ficar assustados com a possibilidade desta nossa omnipotência invertida; este poder que o homem tem de se fechar a Deus, pode meter-nos medo. Mas, eis a realidade que afugenta este pensamento tenebroso, a esperança que vence o medo: a verdade germinou! Deus nasceu! «A terra produziu o seu fruto» (Sal 67, 7). Sim! Há uma terra boa, uma terra saudável, livre de todo o egoísmo e entrincheiramento. Há, no mundo, uma terra que Deus preparou para vir habitar no meio de nós; uma morada, para a sua presença no mundo. Esta terra existe; e também hoje, no ano de 2012, desta terra germinou a verdade! Por isso, há esperança no mundo, uma esperança fidedigna, mesmo nos momentos e situações mais difíceis. A verdade germinou, trazendo amor, justiça e paz.
Sim, que a paz germine para o povo da Síria, profundamente ferido e dividido por um conflito que não poupa sequer os inermes, ceifando vítimas inocentes. Uma vez mais faço apelo para que cesse o derramamento de sangue, se facilite o socorro aos prófugos e deslocados e se procure, através do diálogo, uma solução para o conflito.
A paz germine na Terra onde nasceu o Redentor; que Ele dê aos Israelitas e Palestinianos a coragem de por termo a tantos, demasiados, anos de lutas e divisões e empreender, com decisão, o caminho das negociações.
Nos países do norte de África, em profunda transição à procura de um novo futuro – nomeadamente o Egito, terra amada e abençoada pela infância de Jesus –, que os cidadãos construam, juntos, sociedades baseadas na justiça, no respeito da liberdade e da dignidade de cada pessoa.
A paz germine no vasto continente asiático. Jesus Menino olhe com benevolência para os numerosos povos que habitam naquelas terras e, de modo especial, para quantos crêem n’Ele. Que o Rei da Paz pouse o seu olhar também sobre os novos dirigentes da República Popular da China pela alta tarefa que os aguarda. Espero que, no desempenho da mesma, se valorize o contributo das religiões, no respeito de cada uma delas, de modo que as mesmas possam contribuir para a construção duma sociedade solidária, para beneficio daquele nobre povo e do mundo inteiro.
Que o Natal de Cristo favoreça o retorno da paz ao Mali e da concórdia à Nigéria, onde horrendos atentados terroristas continuam a ceifar vítimas, nomeadamente entre os cristãos. O Redentor proporcione auxílio e conforto aos prófugos do leste da República Democrática do Congo e conceda paz ao Quénia, onde sangrentos atentados se abateram sobre a população civil e os lugares de culto.
Jesus Menino abençoe os inúmeros fiéis que O celebram na América Latina. Faça crescer as suas virtudes humanas e cristãs, sustente quanto se vêem obrigados a emigrar para longe da própria família e da sua terra, revigore os governantes no seu empenho pelo desenvolvimento e na luta contra a criminalidade.
Amados irmãos e irmãs! Amor e verdade, justiça e paz encontraram-se, encarnaram no homem nascido de Maria, em Belém. Aquele homem é o Filho de Deus, é Deus que apareceu na história. O seu nascimento é um rebento de vida nova para toda a humanidade. Possa cada terra tornar-se uma terra boa, que acolhe e faz germinar o amor, a verdade, a justiça e a paz. Bom Natal para todos!

FONTE: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/urbi/documents/hf_ben-xvi_mes_20121225_urbi_po.html



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A cada seminarista nosso voto de um Santo Natal!
Que o Menino Jesus possa iluminar a casa de cada um de vocês,
abençoe seus familiares e abençoe sempre mais nossas vocações!

Equipe do Blog - SEMINÁRIO DIOCESANO -



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

AUDIÊNCIA GERAL - REFLEXÃO SOBRE O ADVENTO




PAPA BENTO XVI
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2012


Queridos irmãos e irmãs,

No caminho do Advento, ocupa um lugar especial a Virgem Mãe, que acolheu na fé e na carne Jesus, o Filho de Deus. N’Ela vemos a criatura que, de modo incomparável, abriu de par em par as portas ao seu Criador, submetendo-Se livremente à vontade divina na obediência da fé: adere com plena confiança à palavra que Lhe anuncia o Mensageiro de Deus. E este «sim» de Maria à vontade divina repete-se ao longo de toda a sua vida até ao momento mais difícil: o da Cruz. Ela não se contenta com uma percepção imediata e superficial do que sucede na sua vida, mas entra em diálogo íntimo com a Palavra de Deus e deixa-se interpelar pelos acontecimentos, procurando a compreensão que só a fé pode garantir. Maria acolhe mesmo aquilo que não compreende do agir divino, deixando que seja Deus a abrir-Lhe o coração e a mente. Assim se tornou modelo e mãe de todos os crentes. Pela sua fé, todas as gerações A chamarão bem-aventurada.

* * *

Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga para todos, com votos de um santo Natal de Jesus no coração e na família de cada um, pedindo a mesma humildade e obediência da fé de Maria e José, que vos faça ver, na força indefesa daquele Menino, a vitória final sobre todos os arrogantes e rumorosos poderes do mundo. Bom Natal!

Fonte: http://www.vatican.va/phome_po.htm

domingo, 16 de dezembro de 2012

3º DOMINGO DO ADVENTO




Evangelho do Dia

Naquele tempo, 10 as multidões perguntavam a João: “Que devemos fazer?”
11 João respondia: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!”
12 Foram também para o batismo cobradores de impostos, e perguntaram a João: “Mestre, que devemos fazer?” 13 João respondeu: “Não cobreis mais do que foi estabelecido”.
14 Havia também soldados que perguntavam: “E nós, que devemos fazer?”
João respondia: “Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário!” 15 O povo estava na expectativa e todos perguntavam no seu íntimo se João não seria o Messias.
16 Por isso, João declarou a todos: “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.
17 Ele virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha ele a queimará no fogo que não se apaga”. 18 E ainda de muitos outros modos, João anunciava ao povo a Boa Nova.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE





TEXTO EXTRAÍDO da Segunda leitura do Ofício das leituras

Do "Nicán Mopohua", relato do escritor indígena do  século dezesseis Dom Antônio Valeriano

("Nican Mopohua", 12ª edición, Buena Prensa, México, D.F., 1971, p. 3-19.21); (Séc. XVI)


Num sábado de mil e quinhentos e trinta e um, perto do mês de dezembro,
um índio de nome Juan Diego, mal raiava a madrugada, ia do seu povoado a
Tlatelolco, para participar do culto divino e escutar os mandamentos de Deus.
Já amanhecia, quando chegou ao cerrito chamado Tepeyac e escutou que do
alto o chamavam:

- Juanito! Juan Dieguito!

Subiu até o cimo e viu uma senhora de sobre-humana grandeza, cujo vestido
brilhava como o sol, e que, com voz muito branda e suave, lhe disse:

- Juanito, menor dos meus filhos, fica sabendo que sou Maria sempre Virgem,
Mãe do verdadeiro Deus, por quem vivemos. Desejo muito que se erga aqui
um templo para mim, onde mostrarei e prodigalizarei todo o meu amor,
compaixão, auxílio e proteção a todos os moradores desta terra e também
a outros devotos que me invoquem confiantes. Vai ao Bispo do México e
manifesta-lhe o que tanto desejo. Vai e põe nisto todo o teu empenho.

Chegando Juan Diego à presença do Bispo Dom Frei Juan de Zumárraga,
frade de São Francisco, este pareceu não dar crédito e respondeu: 
- Vem outro dia, e te ouvirei com mais calma.

Juan Diego voltou ao cimo do cerro, onde a Senhora do céu o esperava,
e lhe disse: 
- Senhora, menorzinha de minhas filhas, minha menina, expus a tua mensagem
ao Bispo, mas parece que não acreditou. Assim, rogo-te que encarregues alguém
mais importante de levar tua mensagem com mais crédito, porque não passo de
um joão-ninguém.

Ela respondeu-lhe: 
- Menor dos meus filhos, rogo-te encarecidamente que tornes a procurar o Bispo
Amanhã dizendo-lhe que eu própria, Maria sempre Virgem, Mãe de Deus, é que
te envio.

Porém no dia seguinte, domingo, o Bispo de novo não lhe deu crédito e disse ser
Indispensável algum sinal para poder-se acreditar que era Nossa Senhora mesma
que o enviara. E o despediu sem mais aquela.

Segunda-feira, Juan Diego não voltou. Seu tio Juan Bernardino adoecera
gravemente e à noite pediu-lhe que fosse a Tlatelolco de madrugada, para
chamar um sacerdote que o ouvisse em confissão.

Juan Diego saiu na terça-feira, contornando o cerro e passando pelo outro lado,
em direção ao Oriente, para chegar logo à Cidade do México, a fim de que
Nossa Senhora não o detivesse. Porém ela veio a seu encontro e lhe disse:

- Ouve e entende bem uma coisa, tu que és o menorzinho dos meus filhos:
o que agora te assusta e aflige não é nada. Não se perturbe o teu coração nem 
te inquiete coisa alguma. Não estou aqui, eu, tua mãe? Não estás sob a minha

sombra? Não estás porventura sob a minha proteção? Não te aflija a doença
do teu tio. Fica sabendo que ele já sarou. Sobe agora, meu filho, ao cimo do
cerro, onde acharás um punhado de flores que deves colher e trazer-mo.

Quando Juan Diego chegou ao cimo, ficou assombrado com a quantidade de
belas rosas de Castela que ali haviam brotado em pleno inverno; envolvendo-as
em sua manta, levou-as para Nossa Senhora. Ela lhe disse:

- Meu filho, eis a prova, o sinal que apresentarás ao Bispo, para que nele veja
a minha vontade. Tu é o meu embaixador, digno de toda a confiança.

Juan Diego pôs-se a caminho, agora contente e confiante em sair-se bem de
sua missão. Ao chegar à presença do Bispo, lhe disse:

- Senhor, fiz o que me ordenaste. Nossa senhora consentiu em atender o teu
pedido. Despachou-me ao cimo do cerro, para colher ali várias rosas de Castela,
trazê-las a ti, entregando-as pessoalmente. Assim o faço, para que reconheças
o sinal que pediste e assim cumpras a sua vontade. Ei-las aqui: recebe-as.


Desdobrou em seguida a sua branca manta. 
À medida em que as várias rosas
de Castela espalhavam-se pelo chão desenhava-se no pano e aparecia de repente
a preciosa imagem de Maria sempre Virgem, 
Mãe de Deus, como até hoje se
conserva no seu templo de Tepeyac. 

A cidade inteira, em tumulto, vinha ver e admirar 
a sua santa imagem e dirigir-lhe suas preces. 
Obedecendo à ordem que a própria Nossa Senhora dera
ao tio Juan Bernardino, quando devolveu-lhe a saúde, ficou sendo chamada como ela queria: 
"Santa Maria sempre Virgem de Guadalupe".


Nossa Senhora de Guadalupe,
Padoreira da América Latina, 
Rogai por nós!

domingo, 9 de dezembro de 2012

2º DOMINGO DO ADVENTO


Evangelho do Dia

1 No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes administrava a Galileia, seu irmão Filipe, as regiões da Itureia e Traconítide, e Lisânias a Abilene; 2 quando Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, foi então que a palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto.
3 E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, 4 como está escrito no Livro das palavras do profeta Isaías: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. 5 Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados. 6 E todas as pessoas verão a salvação de Deus’”.   Palavra da Salvação



sábado, 8 de dezembro de 2012

Última Semana...


     Nesta última semana tivemos uma série de atividades que marcaram o encerramento dos trabalhos no Seminário Diocesano "Maria Mãe dos Sacerdotes". Após um ano tão abençoado por Deus, em nossos trabalhos acadêmicos, em nossa convivência fraterna, e de modo particular, nas celebrações do Jubileu dos 75 anos de nossa diocese, rendemos graças a Deus por tantos dos benefícios alcançados!

     Como gratidão ao nosso reitor, por seu ministério dedicado à casa de formação, preparamos na quarta-feira (05/12) uma homenagem relembrando as diversas turmas já pastoreadas por ele, assim como, apresentamos fotos de momentos marcantes em nossa comunidade tão viva em sua espontaneidade e alegria. Como gesto concreto  lhe presenteamos com um quadro com a foto de toda a "Turma de 2012". Além disso, celebramos este momento com um belo jantar encerrando este momento tão especial para todos!

     No dia seguinte (06/12), recebemos em nosso Seminário nosso pastor, Dom Benedito Beni. Sua visita privilegiou-nos com uma bela exposição sobre sua participação no Sínodo para a Nova Evangelização, realizado em Roma, da qual nosso bispo participou de modo ativo como padre sinodal, a convite de S.S. Papa Bento XVI.

        Após o colóquio nosso bispo presidiu a Eucaristia, tendo como concelebrante nosso reitor, Mons. José Verreschi. Pregou sobre "o homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha" (Mt.7,24), levando-nos a reflexão da construção de nossa "casa" nestes tempos. Ao término da missa refletimos algumas questões próprias da formação.

      Já em termos conclusivos tivemos nosso jantar, como de costume, num espaço de agradável convivência  com nosso bispo. Logo após o jantar nós seminaristas fizemos algumas apresentações musicais, em homenagem aos 50 anos de sacerdócio de Dom Beni. Assim, apresentamos-lhe um repertório diversificado (Ave Verum - canto gregoriano, Disparada - MPB, e a música vocacional Vou Navegar cantada à capela pelo coral de vozes do Seminário).

        A acolhida de nosso bispo às nossas homenagens foi uma motivação para nós, pois, sua alegria mostrava sua satisfação com nossas apresentações. Conclui-se o momento com uma carta de gratidão ao bispo por tanto empenho em seu ministério dedicado em grande parte à formação dos candidatos ao sacerdócio de sua diocese.

       Por fim, na sexta-feira (07/12) tivemos pela manhã nossa missa de encerramento das atividades da casa de formação, missa em ação de graças pelos inúmeros benefícios alcançados em nossas vidas e vocações ao longo deste ano.


      Encerramos este semestre desejando a todos os seminaristas, formadores e amigos... Boas Férias! Que Nossa Senhora, Mãe dos Sacerdotes, interceda por todos nós!

 

Sem. Luiz G. Uchoa
1º  Ano de Teologia

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Na página Teologia

Leia o interessante artigo:

"A Teologia na receção do Concílio Vaticano II"

Refletindo sobre a importância da Teologia para o Conc. Vaticano II, e em relação à hermenêutica da continuidade proposta pelo Papa Bento XVI, o artigo nos leva à compreensão da necessidade de teólogos capacitados para relerem os textos conciliares e aplicá-los a realidade atual.  Confira!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Santo do Dia

SÃO FRANCISCO XAVIER 

 

 Posso dizer que São Francisco Xavier é um santo atual, principalmente nestes tempos em que vivenciamos o Ano da Fé, afinal, tal ardor missionário, comparável ao do Apóstolo Paulo, deve ser para nós modelo de empenho no anúncio do Reino de Deus. Dizia o santo: "Deus nosso Senhor moveu muitos, num reino por onde ando, a se tornarem cristãos". Peçamos sua intercessão para que sejamos missionários zelosos em comunicar nossa fé ao mundo hoje.


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Oração

Senhor, que, pela pregação de São Francisco Xavier, chamastes muitos povos ao conhecimento do vosso nome, concedei a todos os cristãos o mesmo zelo pela propagação da fé, para que, em toda a terra, a santa Igreja se alegre com novos filhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

sábado, 1 de dezembro de 2012

O ADVENTO E SEU SIGNIFICADO



 O Advento é um dos tempos do Ano Litúrgico e pertence ao ciclo do Natal. A liturgia do Advento caracteriza-se como período de preparação, como pode-se deduzir da própria palavra advento que origina-se do verbo latino advenire, que quer dizer chegar. Advento é tempo de espera d’Aquele que há de vir. Pelo Advento nos preparamos para celebrar o Senhor que veio, que vem e que virá; sua liturgia conduz a celebrar as duas vindas de Cristo: Natal e Parusia. Na primeira, celebra-se a manifestação de Deus experimentada há mais de dois mil anos com o nascimento de Jesus, e na segunda, a sua desejada manifestação no final dos tempos, quando Cristo vier em sua glória.

O tempo do Advento formou-se progressivamente a partir do século IV e já era celebrado na Gália e na Espanha. Em Roma, onde surgiu a festa do Natal, passou a ser celebrado somente a partir do século VI, quando a Igreja Romana vislumbrou na festa do Natal o início do mistério pascal e era natural que se preparasse para ela como se preparava para a Páscoa. Nesse período, o tempo do Advento consistia em seis semanas que antecediam a grande festa do Natal. Foi somente com São Gregório Magno (590-604) que esse tempo foi reduzido para quatro domingos, tal como hoje celebramos.


Um dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio de seu formato circular e de suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância. A coroa teve sua origem no século XIX, na Alemanha, nas regiões evangélicas, situadas ao norte do país. Nós, católicos, adotamos o costume da coroa do Advento no início do século XX. Na confecção da coroa eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem suas folhas no outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da vida que teimosamente resiste; são sinais da esperança. Em algumas comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. Até a figura geométrica da coroa, o círculo, tem um bonito simbolismo. Sendo uma figura sem começo e fim, representa a perfeição, a harmonia, a eternidade. 

Na coroa, também são colocadas quatro velas referentes a cada domingo que antecede o Natal. A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz que é Cristo, quando a luz da salvação brilha para toda humanidade. Quanto às cores das quatro velas, quase em todas as partes do mundo é usada a cor vermelha. No Brasil, até pouco tempo atrás, costumava-se usar velas na cor roxa, e uma vela cor de rosa referente ao terceiro domingo do Advento, quando celebra-se o Domingo de Gaudete (Domingo da Alegria), cuja cor litúrgica é rosa. Porém, atualmente, tem-se propagado o costume de velas coloridas, cada uma de uma cor, visto que nosso país é marcado pelas culturas indígena e afro, onde o colorido lembra festa, dança e alegria.




FONTE: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/advento/01.htm

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dedicação das Basílicas

Festa


Neste mês nossa Igreja comemorou a dedicação importantes Basílicas:
Dedicação da Basílica de Latrão;
Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo;



DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE SÃO JOÃO DE LATRÃO 




A Igreja de Forma Festiva Celebra a Dedicação da Basílica de Latrão, que está presente na cidade de Roma. O edifício foi dado por Constantino no sec. IV, quando o Papa Silvestre I presidiu oficialmente a dedicação da Basílica. Ela é de extrema importância para a Igreja, pois é a Catedral de Roma, nela se encontra Trono Papal e a Cátedra do Bispo de Roma, atualmente nosso saudoso Papa Bento XVI. Tem como nome oficial Arquibasílica do Santíssimo Salvador e como titulo honorífico Mãe e Cabeça de Roma e do Mundo. É uma das quatro Basílicas Patriarcais, sendo as outras  a do Vaticano fundada sobre o Apostolo Pedro, a de Osteniense que se funda na Missão de Paulo e a Liberiana ou Mariana que é gerada com Cristo de Maria. Na Basílica se encontra 21 Papas sepultados e se tem como Santos padroeiros São João Batista e João Evangelista. O dia 9 de Novembro celebra a união e o respeito com a Sé Romana e o dia em que a igreja foi dedicada ao uso sagrado.
Na liturgia desta festa, a primeira leitura, do livro do profeta Ezequiel, traz uma reflexão sobre a Igreja, que na imagem do templo da leitura que do seu lado direito sai a água geradora de vida, esta simbolizada. Também se identifica com o Cristo crucificado, que do seu lado também saiu água que gerou e continua gerando e alimentando vidas espirituais, fiéis que são atraídos ela cruz de Cristo, e que ao irem a busca desta água dentro da Santa Igreja, acabam também se tornando fonte de vida para as outras pessoas, ao produzirem frutos na fé que servem de remédio e consolos. Como afirma Jesus Cristo, no Evangelho de João: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. A quem crê em mim…, do seu interior jorrarão rios de água viva” (Jo 7, 37-38). A pessoa que bebe desta água se encontra na Igreja, que tem com fonte de vida a palavra e a Eucaristia, e deve deixar transparecer o Cristo presente em si.
Já o Evangelho da celebração faz o ligamento da imagem do templo material com o templo Místico, que é o seu próprio corpo, e neste sentido podemos trazer para nós a reflexão: qual o zelo que temos para com o nosso templo místico e o nosso templo Igreja onde vivemos em comunidade? Então durante este dia possamos refletir qual o respeito que estou tendo comigo, que sou templo do Espírito Santo, e qual o zelo que estou tendo com a casa de Deus, lugar físico da reunião da comunidade e onde nos encontramos com Deus para louvá-lo e bendizer seu santo nome. Que todas as vezes que celebrarmos a Dedicação da Basílica do Latrão, possamos inflamar o nosso amor pela nossa Santa Mãe Igreja, sacramento de salvação para toda humanidade.  
Louvado Seja o nosso Senhor Jesus Cristo!




Sem. Everton Matias
1º ano de Filosofia